O NUPPAA 2025 é um espaço interdisciplinar de reflexão sobre o Estado, as capacidades estatais e as múltiplas dimensões e desafios da trajetória de desenvolvimento brasileiro, particularmente para pensar o desenvolvimento justo, sustentável e inclusivo, projetando cenários de futuro a partir dos legados e desafios do presente.
O NUPPPA 2025 busca fortalecer pontes entre pesquisadores de diferentes gerações e instituições, favorecendo a formação de redes de cooperação e a circulação de ideias em torno de questões que atravessam a sociedade brasileira contemporânea.
Os diversos grupos de trabalhos se debruçam sobre a agenda do desenvolvimento em três grandes eixos temáticos: Estado, capacidades estatais e instrumentos de políticas; a perspectiva de futuros, num contexto de mudança climática e transformação digital; e as condições de vida e suas vulnerabilidades, em perspectiva comparada, analisando o sul global.
Sobre o primeiro eixo, o Censo 2022 permite mapear, mudanças na estrutura populacional, no padrão de moradia e nas diversas desigualdades (de renda, gênero, raça e território), além de oferecer insumos para projeções e cenários, condição sine qua non para políticas públicas que busquem bem-estar e qualidade de vida digna.
O estudo do Estado e desenvolvimento envolve não apenas as capacidades técnicas, políticas e burocráticas, mas também a análise do papel econômico do Estado através das empresas estatais e seus instrumentos de financiamento e inovação. A Agenda 2030 é parte intrínseca de uma visão de desenvolvimento que respeite o ambiente e a preservação para gerações futuras
O encontro, portanto, pretende criar pontes entre evidências e ação pública partindo do retrato atualizado do Brasil e das condições de vida da sua população, e projetar essa visão através de uma visão inovadora e de futuros.
Espera-se receber trabalhos que investiguem o papel do Estado na condução de estratégias de desenvolvimento, com ênfase na construção, fortalecimento e reconstrução de capacidades estatais em diferentes áreas e escalas, incluindo dimensões administrativas, burocráticas e políticas. Empresas estatais, inovação e missões, espera-se receber trabalhos que analisem o papel das empresas estatais na promoção do desenvolvimento, tanto em sua função econômica quanto social e estratégica. São bem-vindas também contribuições que discutam experiências históricas e contemporâneas de empresas estatais no Brasil e em outros países. Avaliação de Políticas Públicas, espera-se receber trabalhos que abordem metodologias, práticas e resultados da avaliação de políticas públicas em diferentes áreas, bem como contribuições que explorem dimensões institucionais, políticas e participativas dos processos avaliativos.
Coordenadores: Flavio Gaitán, Maria Antonieta Leopoldi, Ricardo Bielschowsky
São bem-vindos estudos sobre estratégias de reindustrialização, dinâmicas das indústrias culturais, cadeias produtivas e integração regional e global, bem como análises sobre inovação tecnológica, digitalização da economia, Inteligência Artificial e transição verde, através de experiências locais, regionais, nacionais e internacionais. Estado empresário, sociedade civil e capacidades para o desenvolvimento, visa analisar o papel do Estado nas estratégias de desenvolvimento focando nos bancos públicos, fundos soberanos e empresas estatais. Energia e transição ecológica justa. O tema recebe propostas que analisem os setores industriais, culturais, energéticos e de inovação, ressaltando sua importância para o desenvolvimento, como também propostas e análises sobre possibilidades futuras.
Coordenadores: Ana Célia Castro, Allan Rocha de Souza, Helder Queiroz, Carmem Feijó
São bem-vindas análises sobre políticas de ordenamento territorial, acesso a serviços públicos, habitação, saúde e educação em diferentes regiões do país, assim como comparações internacionais. Desenvolvimento socioespacial e sustentabilidade. Espera-se receber trabalhos que discutam as relações entre espaço, território e desenvolvimento, São bem-vindas análises sobre urbanização, segregação socioespacial, governança territorial, justiça ambiental e climática, áreas de preservação ambiental e mosaicos, além de estudos que articulem dinâmicas produtivas, sociais e ambientais. Rede Pró-Rio: pensando estratégias de desenvolvimento para o Rio de Janeiro e a Agenda 2030. Espera-se receber trabalhos que analisem os desafios e potencialidades do desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental do estado do Rio de Janeiro, bem como da implementação da Agenda 2030.
Coordenadores: Estela Neves, Leonardo Melo, Marta Irving
Espera-se receber trabalhos que discutam diferentes concepções e formas de mensuração da pobreza, bem como os múltiplos fatores que produzem e reproduzem as desigualdades sociais na América Latina e no Brasil. Também análises sobre políticas de proteção social, experiências de programas de transferência de renda, assim como abordagens críticas sobre vulnerabilidades, exclusões e novos riscos sociais. Desigualdades de gênero, raça e interseccionalidades: espera-se receber propostas sobre acesso a direitos de diversos coletivos em situação de vulnerabilidade e estratégias de mobilidade social. Trabalho, renda e condições de vida. Espera-se receber contribuições sobre teorização e mensuração das condições materiais de vida, bem como análises sobre políticas sociais.
Coordenadores: Arnaldo Lanzara, Francisco Duarte, Pedro Fandiño
O GT visa analisar a importância da educação e a capacitação para o trabalho e a inserção produtiva, como também trabalhos teóricos ou empíricos sobre os impactos da automação sobre o emprego. Políticas de Educação, Universidade do Futuro, e Formação de Professores. São bem-vindas contribuições sobre os desafios da universidade do futuro, a transformação digital da educação, a inteligência artificial e seus impactos, a democratização do acesso e a internacionalização do conhecimento.
Coordenadores: Breynner Oliveira, Giseli Cruz, Yuri Lima
Esse GT visa analisar as capacidades do Brasil e outros países para captar a diversidade social, econômica e territorial, os aprendizados dos de população como também estratégias para aprimorar o sistema de estatísticas. Cenários de futuro para o desenvolvimento. Futuros Possíveis, Desejáveis e Alternativos, são bem-vindas análises de tendências globais, riscos e incertezas, bem como propostas de futuros desejáveis e estratégias alternativas que contribuam para a construção de sociedades mais justas, inclusivas e sustentáveis.
Coordenadores: César Marques, Felipe Koch, Paulo Jannuzzi